26 de outubro de 2017

Nesta entrada de Primavera...

Artista, artesã, terapeuta holística e estudiosa da fitoterapia de uso externo, acredito que realizamos nosso ser quando trilhamos nosso caminho e de alguma maneira oferecemos nossa contribuição ao universo.
No meu caminho me encantei com o auxílio inestimável das plantas, cada uma delas com seu propósito (limpeza, harmonização, reequilíbrio energético, cura) e aprendi a respeitá-las e utilizá-las para um bom objetivo, curar e tornar inteiro.

No passado distante, nossos antepassados imaginavam o mundo como um círculo. A vida toda estava contida dentro deste círculo, e os seres humanos assumiam a responsabilidade de manter a harmonia e o equilíbrio fortalecendo as conexões espirituais entre as criaturas da Terra e as forças do Universo.
Com o passar dos tempos a harmonia do todo passou a ser menos importante do que cada parte individual e o espírito da relação familiar e da unidade deram lugar à busca do interesse próprio. Buracos e rasgões surgiram no tecido delicado do Arco Sagrado e a estrutura começou a se partir em pedaços distintos e desconexos. A sabedoria do todo foi se perdendo. Neste momento o ser humano cortava suas conexões com o mundo espiritual e começava uma viagem, vagando para muito longe do caminho, desviando-se para cada vez mais longe do centro e tornando-se desconectados uns dos outros e do todo do qual uma vez fizeram parte.
O mundo começou a ser fragmentado, na ilusão de que estes pedaços menores fossem mais fáceis de administrar, esperando que, nos fragmentos, pudéssemos encontrar a sabedoria que nos ajudaria a recuperar o que havíamos perdido.
Assim perdemos de vista a verdade básica de que toda vida é interconectada e interdependente, uma teia estrutural de relacionamentos, e ficamos sem propósito.

Descobrimos que tudo na vida é conectado, e quando qualquer parte é desligada ou partida em pedaços, o todo sente o insulto e tem que lutar para manter o equilíbrio e a harmonia.
Somente quando aceitarmos esta interconexão e interdependência nos tornaremos mais uma vez inteiros.

Proponho a vocês um ritual de limpeza e reequilíbrio energético para esta passagem para a Primavera. Que deixemos ir o que não nos serve mais e nos abramos para o novo! Vamos focar na abundância, beleza e alegria e refletir sobre as sementes que escolhemos plantar. 

 Prepare o seu altar, coloque nele objetos que simbolizem a Mãe Terra, os 4 elementos, podem ser flores, pedras, velas, ervas...e entre em sintonia com ele.
Prepare seu banho de ervas, macerando e deixando descansar por meia hora, cobrindo a bacia com um pano claro. Pode coar. Tome o seu banho de higiene e depois, faça uma oração agradecendo ao espirito do vegetal, à Jurema, por se doarem e cuidarem de você, foque no seu propósito, na sua intenção clara, para esta abertura de estação e tome o banho de ervas. Não precisa enxaguar, fique com o banho no corpo. Sinta as ervas em você. Faça uma meditação por alguns minutos e entre em contato com a sua essência. Agradeça! Se sentir vontade de dançar, cantar, brincar....faça! Uma ótima abertura de Primavera!

Sobre as ervas para este ritual:
- Alecrim: gera vontade de mudar e conhecer o novo., incentiva a pessoa a ter sabedoria para viver e amar.
- Manjericão: para abençoar as escolhas e decisões.
- Hortelã-Levante: transmuta as energias densas de ordem mental e formas pensamento, alivia tensões. Expande a consciência.
- Cravo-da-Índia: aumenta a capacidade de concentrar energia para materializar sonhos; abre a mente para enxergar o todo. Gera clareza nos pensamentos.
(Referência para escolha das ervas: Fitoenergética - A energia das pantas no equilíbrio da alma - Bruno J. Gimenes. Ed. Luz da serra.

Boas energias para todos nós!
Muito amor,
CeciliaPanipucci.

 "Não há necessidade de correr
Para ver melhor...
Em vez disso permanece
No âmago do teu ser;
Pois quanto mais o deixares, menos aprenderás.
Busca em teu coração e vê...
O caminho de fazer é ser".
Lao-Tsé.








Lagartos, os sonhadores
Batik sobre algodão orgânico
1,00 x 0,43 cm
Cecilia Panipucci

Sua simbologia traz a energia dos Sonhadores (lagartos) aliada à energia de transmutação (cobras), conforme a tradição xamânica.
Para conhecer um pouco mais do meu trabalho visite o site:
www.ceciliapanipucci.com

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28 de fevereiro de 2017

Sereia Iemanjá


Acrílico sobre tela
80 x 50 cm
Cecilia Panipucci

        Iemanjá é água que não se prende, que une os povos, que origina tudo.
      É a grande Mãe, fecunda e aberta à criatividade, a infinitas possibilidades. 
  Odoiá!

Quantas ondas tem o mar?
Quantos grãos tem a areia?
Eu vim pra descarregar
Sou marinheiro de mamãe sereia.
(ponto de marinheiro)


Sereia, Iemanjá, Umbanda, Candomblé, rainha do mar, Cecilia Panipucci Estamparia, Quitanda de Iaiá - Arte Brasil, 

Mulher


Acrílico sobre tela
30 x 30 cm
Cecilia Panipucci / 2016